Ciclo de Co-criação e Livestream

A One Level Up Music apresenta o projeto Ciclo de Co-Criação e Livestream que atribui 9 bolsas de co-criação aos artistas e compositores que se juntam em residências artísticas virtuais. Este projeto tem o apoio do programa Garantir Cultura e tem como objetivo fomentar a criação, programação cultural e promoção de projetos emergentes. 3 grupos de 3 artistas cada, estão em residência artística desde agosto e apresentam-se ao vivo nos meses de outubro, novembro e dezembro.

Os artistas selecionados para o projeto são Diogo Fonseca (Rockin’Me), emmy Curl, João Couto, José Sequeira, Marcelo Caldas, Marco Brantner (Non Talkers), Sérgio Silva (Serushio), Vitor Hugo (Siricaia) e Zara Tejo.

Enquanto distribuidora digital, a Level Up irá disponibilizar o áudio dos concertos ao vivo em todas as plataformas digitais, promovendo as novas composições dos artistas participantes.

O projeto tem como objetivo atenuar o impacto da pandemia, apoiando a retoma da atividade musical dos artistas, contribuindo para o fomento da atividade artística cultural e para a diversidade e qualidade da oferta artística no território nacional. Apoia ainda o trabalho técnico e artístico, técnicos de áudio e vídeo que farão parte das equipas de produção dos espetáculos e livestreams, dos concertos ao vivo.

Esta é ainda uma oportunidade de valorizar e promover as respetivas culturas nas suas diversas manifestações musicais cruzando artistas e compositores que até agora nunca tinham colaborado na co-criação de novas obras.

Sobre os artistas em residência:

Emmy Curl
emmy Curl é o nome do projeto da compositora, produtora, multi-instrumentista e pintora, Catarina Miranda. Natural de Vila Real, cresceu num ambiente artístico, aprendeu a tocar guitarra muito cedo, descobriu a sua voz e percebeu o que poderia criar se juntasse as duas. A artista conta com quatro EP’s e dois álbuns editado, e em 2018 participou no Festival da Canção alcançando o 2o lugar com o tema “Para Sorrir Eu Não Preciso de Nada” da autoria de Júlio Resende.

João Couto
João Couto é um cantor e compositor natural de V.N. de Gaia. Deu os primeiros passos numa carreira musical em bandas de garagem, participando em programas de televisão desde muito novo, compondo os seus primeiros temas, e tudo culminou em 2015 com a vitória da sexta edição do programa “Ídolos”. Em 2019 participou no Festival da Canção, interpretando “O Jantar”, da autoria de Pedro Pode. Ao longo da sua carreira já colaborou, partilhou palcos e compôs para vários artistas nacionais como Miguel Araújo, Diogo Piçarra, Samuel Úria, S. Pedro, Os Azeitonas, Virgem Suta, Janeiro, Elisa, Tomás Adrião, Pedro de Tróia, Elvira, Joana Almeida e Mila Dores. Está de momento a preparar o lançamento do novo álbum “Boa Sorte”, produzido por S. Pedro.

José Sequeira
José Sequeira é produtor, músico, professor de música e YouTuber, e enquanto guitarrista tem acompanhado vários artistas de renome em Portugal. A sua música é uma influência de muitos estilos e géneros, desde a música orientada para guitarra no estilo de David Gilmore, Eric Johnson e Joe Satriani até às composições de Hanz Zimmer e peças clássicas de Tárrega. José Sequeira compõe, toca, mistura e masteriza seu próprio trabalho.

 

 

Vítor Hugo
Vítor Hugo é parte da dupla aveirense Siricaia, que recentemente lançaram o seu primeiro álbum. Começou a aprender guitarra aos 10 anos e em 2009 ingressou no London Center of Contemporary Music. Desde então tem-se dedicado unicamente à música em vários projetos como Siricaia, Moonshiners e o seu projeto a solo como Vitor Hugo.

 

 

Marcelo Caldas
Toca baixo elétrico como principal instrumento. É brasileiro, de avô português, e nasceu no Rio de Janeiro. Mudou-se para Lisboa em 2016, onde vive desde então. Toca desde os 13 anos e possui uma larga experiência no circuito musical brasileiro. Ainda no Brasil, com os Cabaret, gravou dois álbuns, um deles com a participação do cantor Ney Matogrosso. Em Portugal, foi co-criador dos All The Way To Venus e dos The Invisible Age, banda na qual toca atualmente e cujo primeiro disco foi lançado em julho de 2021.

 

Sérgio Silva
Natural do Porto, estudou música na Escola de Jazz do Porto e teoria musical no instituto Orff. Realizou vários cursos na Berklee College of Music em Boston e já em portugal lecionou no âmbito musical pré-escolar em várias escolas. É gerente da empresa Sincronia de Sons e membro fundador da banda Serushio da qual é vocalista, multi instrumentalista, manager, produtor e compositor.

Zara Tejo

Zara Tejo canta e compõe desde os 16 anos, sempre num registo bilingue e acompanhada da sua guitarra. Compôs temas para várias telenovelas portuguesas, séries internacionais e participou em vários festivais, em Portugal e além fronteiras.

 

Marco Brantner
Marco Brantner é parte de Non Talkers, uma banda portuguesa de Pop-Folk, que recentemente participou no programa de TV All Together Now.

 

Diogo Fonseca
Diogo Fonseca de 19 anos tem como nome artístico Rockin’Me. Começou a tocar guitarra aos 6 anos e desde então tem uma forte ligação com a música. As suas influências são John Mayer, Kanye West, Red Hot Chili Peppers, Juice WRLD, entre outros.

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NFT’s na música: o que são e qual a sua aplicação

Os NFTs são a última grande moda da internet. Os Non Fungible Tokens são uma derivação das criptomoedas e, apesar de não serem novidade, estão a ter uma grande atenção nos últimos tempos com o setor das artes a investir neste novo modelo de transação.

NFTs são tokens digitais únicos. Um token pode representar tudo o que seja digital: a quota numa empresa, a capa de um disco, a propriedade de uma obra de arte ou de uma música, moedas digitais em jogos, etc.

Os NTFs derivam da mesma tecnologia das criptomoedas (blockchain), mas ao contrário destas, os NFTs são Non-Fungible porque ao contrário das criptomoedas têm um valor intrínseco, para além do valor a que são transacionáveis. 

As aplicações da tecnologia de NFTs são inúmeras e, na indústria musical, pode ser usada para garantir a propriedade intelectual na venda de uma obra. Os profissionais da indústria da música afirmam que esta tecnologia pode revolucionar a forma como os músicos são pagos, uma vez que permite aos artistas gerar dinheiro com a venda direta aos fãs, em vez do uso de intermediários, como é o exemplo do streaming. A Unison é um exemplo de empresa que já coleta de direitos com base em blockchain.

Um dos exemplos de maior sucesso do uso de NTF’s é o caso do artista norte-americano 3LAU. O artista vendeu 33 NFTs em leilão, com bases de licitação diferentes. O DJ e produtor norte-americano criou NFTs exclusivos, em que o NFT mais caro da coleção tinha como “prémio” uma música com a participação do vencedor, acesso a música inédita, arte criada exclusivamente para a sua música e novas versões de 11 temas de um dos seus álbuns. A coleção acabou por ser vendida por 11.7 milhões de dólares. 

A artista Grimes é outro exemplo, pela venda da sua coleção de arte digital por 5,8 milhões de dólares, em 20 minutos.

Para criar um NFT é necessário seguir 4 passos:
-criar uma “crypto wallet” para armazenar as criptomoedas (há várias apps para este efeito)
-comprar criptomoedas
-conectar a “cryto wallet” a um mercado de NFTs e autenticar essa ligação (exemplos de mercados NFT: OpenSea, Rarible, SuperRare etc.)
-transformar a arte em NFTs (Qualquer tipo de conteúdo digital pode ser transformado em NFT, um GIF, um vídeo, uma música, etc. e ser carregado no mercado digital para venda)

A vantagem da venda de crypto art é que o artista mantém o direito autoral e continua a ganhar royalties por cada venda num mercado secundário. 

Estará este novo mercado de arte digital para durar e será este o novo formato de pagamento de royalties? Ou serão os NFTs apenas um hype que eventualmente irá acabar?

Para explorar melhor o conceito e a aplicação desta tecnologia recomendamos o artigo do Pitchfork: https://pitchfork.com/thepitch/why-do-nfts-matter-for-music/ 

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Como verificar o meu perfil de artista

A verificação da página de artista nas plataformas digitais é representado pelo símbolo azul que aparece ao lado da imagem do perfil de artista. Este símbolo indica que a conta é verdadeira e confere legitimidade ao artista.

A verificação da página de artista no caso do Spotify é importante porque permite:

-personalizar a página de artista com fotos, datas de concertos, merchandising, colocar os links para as redes sociais do artista, criar playlists do artista, criar um Artists Pick, criar um canvas para as músicas e explorar muitas outras ferramentas que o Spotify oferece aos artistas.

-aceder às estatísticas do Spotify for Artists

(vê aqui como analisar e compreender os dados do teu Spotify for Artists)

-maior probabilidade de o artista ser incluído nas playlists de curadoria do Spotify, e consequentemente ganhar um maior número de ouvintes e possíveis fãs.

Para obter a verificação é preciso aceder ao Spotify for Artists – https://artists.spotify.com/c/access, solicitar o ”Verified Checkmark” e preencher algumas informações para a verificação de identidade.

Este pedido só pode ser feito quando o artista já tem músicas lançadas.

O processo de certificar o perfil noutras plataformas é idêntico:

Para o Apple Music: aceder a https://artists.apple.com/support/42-claim-your-account clicar em “Request Artist Access”, colocar o link da pagina de artista e preencher as informações pedidas.

Deezer: aceder a  https://backstage.deezer.com/user/login colocar o código UPC e preencher as informações pedidas.

Amazon: aceder a https://artists.amazon.com e preencher as informações.

Nota: Nem todas as plataformas dispõem de uma página de artistas ou necessitam de verificação do perfil de artista.

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Como ter as minhas músicas numa playlist do Spotify?

O Spotify tem vindo a desenvolver cada vez mais ferramentas de optimização para os artistas, tornando-se a própria plataforma um instrumento a ter em conta na comunicação do artista. O playlisting é uma das ferramentas que ajuda à promoção e descoberta da música dos artistas.

São várias as playlists no Spotify que funcionam como fonte de descoberta de música nova para os utilizadores. Destacam-se três tipos de playlists:

Personalizada: playlists geradas por um algoritmo da plataforma, como o Discover Weekly ou o Release Radar. Qualquer música nova de um artista é apresentada nos Radares de lançamento dos seus seguidores. 

Playlists dos ouvintes: playlists criadas pelos utilizadores do próprio Spotify.

Editorial: playlists com curadoria dos especialistas em música de todo o mundo, certificadas pela plataforma. Com o Spotify for Artists, o artista pode fazer o pitch das músicas para serem consideradas nas listas de reprodução editoriais. 

Quer se trate da playlist New Music Friday ou de uma playlist de género musical ou outra temática, uma entrada nas playlists editoriais do Spotify pode angariar novos listeners e gerar uma maior receita para o artista. Mas como é que um artista pode entrar para uma playlist? 

Para ter a oportunidade de estar presente numa das mais 3 mil playlists de curadoria do Spotify é necessário fazer um pitch às playlists, para que as músicas sejam ouvidas pelos curadores da plataforma.

Como fazer o pitch?

Primeiro que tudo, para ter acesso ao pitching às playlists é necessário certificar o perfil de artista do Spotify em https://artists.spotify.com/c/access

Tendo o perfil certificado é necessário:

1. Fazer login no Spotify for Artists

2. Encontrar as músicas a lançar (previamente enviada/carregada no backoffice da distribuidora digital):

-Na parte superior no botão Home, selecionar PITCH A SONG.

-No botão Música, em UPCOMING, selecionar PITCH A SONG 

3. Escolher a música e preencher o máximo de informações sobre o tema. Quanto mais informações, maior a possibilidade de integrar uma playlist.

O pitch pode ser feito pelo próprio artista, editora ou pela distribuidora digital.

Dicas para aumentar a probabilidade de entrada numa playlist:

-Ter o perfil atualizado e com todas as informações necessárias (biografia, fotos de artista, links para perfis de social media…)

-Agendar os lançamentos o mais cedo possível (o pitch deve ser feito, no mínimo, uma semana antes da data de lançamento)

-Fazer uso das ferramentas que o Spotify disponibiliza (merchandising, próximos concertos, uso da função Artist’s Pick…)

Nota: cuidado com payola

O “payola” é o ato ilegal de pagar a um curador de playlist para pôr uma música numa playlist. O número de vezes que as músicas são tocadas pode influenciar a popularidade percebida de uma música, e o payola pode ser usado para influenciar essas métricas. Vários artistas de rap, apresentados no Rap Caviar, uma das playlists com mais listeners do spotify, tornaram-se virais da noite para o dia através deste ‘pay to play’, uma prática, que recordamos, é ilegal.

Reforçamos que para potenciar ao máximo a comunicação do artista e de novos lançamentos consideramos essencial, em paralelo ao pitching, atualizar regularmente as redes sociais com novos conteúdos e anunciar os lançamentos, tirar o máximo partido das ferramentas que as plataformas de streaming oferecem aos artistas, analisar e compreender as estatísticas e utilizar esses dados para potenciar os resultados, para além da promoção nas rádios e blogs.

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O que os artistas precisam de saber sobre a distribuição digital

A distribuição é uma parte crucial para a promoção da música. Anteriormente, a distribuição física era a única forma das editoras e artistas apresentarem a sua música aos ouvintes. Com a chegada dos canais digitais foi total a mudança nas formas de consumo de música e, em 2015, o digital superou as vendas físicas pela primeira vez.

A distribuição digital consiste em colocar a música dos artistas nas plataformas de streaming e download como Spotify, Apple Music, Youtube, entre outras plataformas, para poderem ser ouvidas e/ou compradas à distância de um click. Assim, a distribuição digital permite aumentar a visibilidade do artista e o número de ouvintes a que chega.

As vantagens da distribuição digital são evidentes, qualquer música passa a estar disponível em qualquer parte do mundo, sem qualquer barreira física. O consumo da música no digital continua a crescer pelo 5º ano consecutivo. Pela primeira vez em 2019, de acordo com os dados do relatório do IFPI (2019), mais de metade da receita global da música gravada diz respeito à fatia do digital:

  • 56,1% – receitas digitais 
  • 21,6% – vendas de formatos físicos (CDs, vinil, cassetes)
  • 14% –  direitos de atuação (rádio, programas, etc)
  • 2,4% – receitas de sincronização (filmes e sincronizações de anúncios)

1. Encontrar a distribuidora digital 

O primeiro passo para distribuir é encontrar o serviço de distribuição digital adequado.

Existem vários serviços de distribuição que oferecem diferentes acordos, alguns cobram taxas por cada tema/álbum distribuído, outros recolhem uma percentagem dos royalties gerados pela distribuição do catálogo dos artistas nas plataformas digitais. 

É importante ter em conta a lista de plataformas para as quais distribui, saber quais os serviços de acompanhamento e apoio que a distribuidora oferece em termos de playlisting e comunicação/marketing digital e qual a facilidade de remoção de conteúdos em caso de mudança de distribuidora digital.

(LEIA MAIS SOBRE ONE LEVEL UP MUSIC)

2. Metadados

Os metadados são cruciais na distribuição digital. Ao inserir o seu catálogo no backoffice do serviço de distribuição que selecionou, o artista deve incluir:

  • Nome do artista
  • Título do álbum/ single
  • Data de lançamento
  • Género da música
  • Informação do compositor, produtor, editora e qualquer outro contributo (mistura, masterização, etc.)
  • Biografia do artista
  • Código ISRCs
  • Artwork em formato .png (res. mínima 1400x1400px)
  • Para além das faixas, que deverão ser em formato .wav

3. Estratégia de promoção

A distribuição digital é apenas uma parte da comunicação do trabalho do artista. Antes, durante e depois do lançamento do single/ álbum deve haver um trabalho contínuo de comunicação entre artista e público. Essa comunicação pode ser feita através dos meios de comunicação social tradicionais, nos social media ou mesmo dentro das próprias plataformas de streaming através do pitching às playlists, criação de playlists do artista, venda merchandising, etc. É importante tirar o máximo partido das ferramentas que as plataformas oferecem aos artistas, analisar e compreender as estatísticas e utilizar esses dados para potenciar os resultados. É importante a preparação prévia, criar os conteúdo antes do álbum sair, partilhar alguns teasers do single, interagir com o público e divulgar a música nas rádios e blogs. 

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SPOTIFY CODES

O Spotify é o maior serviço de streaming de música na internet e tem vindo a reinventar-se e a evoluir a cada dia que passa. Recentemente, a empresa lançou o Spotify Codes que consiste na criação e  utilização de um QR code personalizado para a partilha de músicas, artistas, álbuns ou playlists.

O utilizador, para ler o QR code, apenas tem abrir a secção de pesquisa da aplicação, carregar no ícone da máquina fotográfica e ler o código ou carregar a imagem que foi recebida. Após esta leitura a música começa imediatamente a tocar no Spotify.

Aos artistas, é-lhes agora possível criar um Spotify Code para uma música ou álbum que não foi lançado ainda.

Para colocar os códigos em suportes físicos é necessário uma aprovação por parte da equipa do Spotify, sobre o seu uso.

Por agora, esta funcionalidade do Spotify está apenas disponível na app, não havendo ainda planos para o trazer para o computador. 

Esta é mais uma forma que o Spotify tem para os seus utilizadores partilharem as suas músicas. 

Cria já o teu Spotify Code neste site: https://www.spotifycodes.com/index.html

Existem já alguns exemplos originais da utilização desta ferramenta (ver vídeo abaixo). O desafio está em dar asas à imaginação.

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